Foi tudo muito rápido, eu sei.
Rápido pra mim, rápido pra ti,
rápido pra nós.
Não vou dizer que foi sem querer,
pois seria injusto com uma história tão bonita, ainda que breve, quanto a
nossa.
Eu te quis, te desejei, te
cobicei e te fiz minha.
Juntos, crescemos muito.
Ainda é lindo te ver ao meu lado
na cama. Ás vezes tu dormes e nem percebes, mas eu fico ali no meu cantinho te
vendo descansar, tão linda, tão pura e tão minha.
Mas agora tenho andado meio
confuso, alguma coisa aqui dentro mudou.
O problema não é contigo, é
comigo. Tu continuas linda, na verdade tu ficas mais linda a cada dia que
passa, mas alguma coisa aqui dentro mudou. Não é contigo, é comigo. Sei que aí
dentro muita coisa mudou também, uma revolução, um mundo de revoluções, talvez
até mais e maiores do que as revoluções que eu sofri nesse curto período em que
vivemos juntos, mas as minhas mudanças pessoais me dizem que é chegada a hora
do adeus.
E não pense que é fácil para mim
te dizer isso. Não é.
E não pense que digo isso por já
não te amar.
Eu te amo de um jeito que não
sabia ser capaz, difícil de mensurar, de verbalizar e tenho a mais plena
convicção de que este amor nunca me deixará.
Nosso amor jamais acabará, jamais
deixará de existir, mas a cada dia que passo percebo que já não dá mais para
ficarmos juntos.
Fui muito feliz ao teu lado, meu
amor, e repito, vou te amar pra sempre.
Mas, por mais dolorido que seja,
admitamos, ambos sabíamos da provisoriedade do nosso amor.
Paradoxal isso, né?
Amor eterno, tanto quanto
temporal.
Sou outro homem depois de ter te
conhecido. Um homem melhor, sem dúvidas, graças a ti.
Mas a hora do adeus se aproxima.
Tenho certeza que ainda nos
veremos novamente, que reavivaremos nosso amor não só em lembranças, mas também
fisicamente, mas não por enquanto.
Foi tudo lindo, um sonho, mas
agora eu quero escrever uma nova página na minha história.
E para ser ainda mais cruel do
que admitir te amar e já não te querer mais, eu vou ficar, tu é quem vai
partir. Não precisa se apressar em pegar suas coisas e ir embora, não precisa
ser necessariamente hoje ou amanhã, mas também não se alongue demais. Tenho
coisas novas para viver.
Obrigado por tudo, meu provisório
amor eterno, mas agora você precisa partir.
Adeus, barriga da Pri.