- 11 Vestibulares prestados para o mesmo curso na mesma faculdade;
- R$650,00 em inscrições para vestibular durante 5 anos;
- 5 anos de curso;
- 2 anos e meio para entregar o ben(mal)dito TCC;
- Enfim, CRA: 23.912
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
A Outra II
Você deve ter escolhido ficar com ela só por que ela é mais nova, mais inteirinha do que eu, pele mais firme, peitos durinhos e maiores do que os meus.
Mas duvido que algum dia os dela
te satisfaçam como os meus já te saciaram!
Você deve ter escolhido ficar com
ela por que ela não te repreende, não te recrimina, não te cobra, aceita tudo o
que você faz, diferente, bem diferente de mim.
Mas duvido que ela se sujeite a
tudo aquilo que eu me sujeitaria para te ver feliz!
Você deve ter escolhido ficar com
ela por que ela não deve ficar três dias sem falar com você cada vez que você
chega em casa tropeçando de tão bêbado.
Se duvidar, ela até acha
bonitinho.
Se duvidar, ela chega bêbada
junto.
Se duvidar, você, idiota que só
você, deve achar que isso é parceria, cumplicidade.
Idiota!
Você deve ter escolhido ficar com
ela pensando que ela poderá te encher de filhos, diferente de mim.
Você vivia dizendo que sempre
sonhou em ser pai. Idiota!
IDIOTA!
Pra que querer ser pai, se você
pode ser pra sempre o meu bebê?
Ela pode até estar apaixonada por
você, mas nunca, nem ela nem nenhuma outrazinha, vai amar você como eu!
Amorzinhos baratos iguais ao dela
você encontra em qualquer esquina, mas amor de mãe só tem um!
Por favor, volta pra casa da
mamãe, meu filho...
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Boas Novas #01 - Seja bem vinda, Rebeca!
Era sexta feira de carnaval, no relógio o ponteiro já se aproximava dos trinta minutos da vigésima terceira hora do dia. O sono já batia forte e o ventilador já estava estrategicamente apontado para a cama que me serviria de refúgio até as 06:00 de sábado, quando acordaria com o dia ainda escuro para ir a mais um dia de trabalho. Sim, eu trabalho também aos sábados, por isso é tão importante que você compre o meu livro ali do lado e que consiga, finalmente, publicar com mais periodicidade.
Eis que, a despeito dos meus olhos pesados, soa o telefone. Olho para o visor do celular: "Bagual". Atendo com a voz de sono e susto, certo de que ouviria meu querido amigo dizer algo como:
_E aí, tá de bobis, se pá, eu colo aí.
(tradução: E aí, tá de bobeira, se estiver, vou na tua casa jogar conversa fora)
Mas não, o que eu ouvi, foi:
_ELA TÁ NASCENDO!
Levei um cagaço, chamei Priscilla e fomos voando para a maternidade.
Fizemos nosso plantão noturno e eu, que estava diminuindo sensível e gradativamente a quantidade de nicotina diária, até zerá-la, passei no posto, comprei dois maços e acabei com a vida deles em poucas horas.
Passavam as horas, iam-se os cigarros e nada dela chegar.
A noite entrava na sua reta final, e eu tinha que ir trabalhar. Fui, meio zumbi, meus colegas de trabalho devem ter achado, pela minha cara, que tinha virado a noite num baile de carnaval, mas fiz questão de ressaltar que virei a noite e coisa bem melhor.
09:00 ligo para o Bagual para saber como estavam as coisas, ao fundo, uma pequena goelinha recém nascida berrava. Foi a primeira das muitas vezes que eu espero ouvir a voz da linda Rebeca!
Saí do trabalho e voltei à maternidade.
Por motivos que não vêm ao caso, posso afirmar que nunca fiquei tão emocionado de pegar uma criança no colo. Como eu desejei pegar aquela menina no colo. Não, eu não sou o pai dela - caso alguma mente criativa esteja confabulando coisas, mas de algum modo me sinto também responsável por ela.
Desde que iniciei este blogue, em três oportunidades tristes falei de pessoas muito queridas que partiram, mesmo tendo tanto ainda a contribuir com esse mundo que não vale lá muita coisa. Que coisa boa poder agora falar de alguém tão especial que chega!
Bagual não é chegado em Nando Reis, mas desde que a Rebeca nasceu que eu cantarolo sozinho, "Não sei se esse mundo é bom, mas ele está melhor desde que você chegou!"
Bagual e Verônica, muito obrigado por nos permitir participar de um momento único como este!
Bagual e Verônica, PARABÉNS!
Parabéns pela coragem, pelo carinho, pelo amor, pela filha, pelo exemplo, por tudo!
Que a linda Rebeca lhes encha de alegrias, preocupações e cabelos brancos.
Determinadas mudanças na nossa vida não precisam de hora certa para acontecer.
Elas precisam acontecer para que a hora certa se faça!
Não vai ser fácil, mas vai ser lindo!
Eis que, a despeito dos meus olhos pesados, soa o telefone. Olho para o visor do celular: "Bagual". Atendo com a voz de sono e susto, certo de que ouviria meu querido amigo dizer algo como:
_E aí, tá de bobis, se pá, eu colo aí.
(tradução: E aí, tá de bobeira, se estiver, vou na tua casa jogar conversa fora)
Mas não, o que eu ouvi, foi:
_ELA TÁ NASCENDO!
Levei um cagaço, chamei Priscilla e fomos voando para a maternidade.
Fizemos nosso plantão noturno e eu, que estava diminuindo sensível e gradativamente a quantidade de nicotina diária, até zerá-la, passei no posto, comprei dois maços e acabei com a vida deles em poucas horas.
Passavam as horas, iam-se os cigarros e nada dela chegar.
A noite entrava na sua reta final, e eu tinha que ir trabalhar. Fui, meio zumbi, meus colegas de trabalho devem ter achado, pela minha cara, que tinha virado a noite num baile de carnaval, mas fiz questão de ressaltar que virei a noite e coisa bem melhor.
09:00 ligo para o Bagual para saber como estavam as coisas, ao fundo, uma pequena goelinha recém nascida berrava. Foi a primeira das muitas vezes que eu espero ouvir a voz da linda Rebeca!
Saí do trabalho e voltei à maternidade.
Por motivos que não vêm ao caso, posso afirmar que nunca fiquei tão emocionado de pegar uma criança no colo. Como eu desejei pegar aquela menina no colo. Não, eu não sou o pai dela - caso alguma mente criativa esteja confabulando coisas, mas de algum modo me sinto também responsável por ela.
Desde que iniciei este blogue, em três oportunidades tristes falei de pessoas muito queridas que partiram, mesmo tendo tanto ainda a contribuir com esse mundo que não vale lá muita coisa. Que coisa boa poder agora falar de alguém tão especial que chega!
Bagual não é chegado em Nando Reis, mas desde que a Rebeca nasceu que eu cantarolo sozinho, "Não sei se esse mundo é bom, mas ele está melhor desde que você chegou!"
Bagual e Verônica, muito obrigado por nos permitir participar de um momento único como este!
Bagual e Verônica, PARABÉNS!
Parabéns pela coragem, pelo carinho, pelo amor, pela filha, pelo exemplo, por tudo!
Que a linda Rebeca lhes encha de alegrias, preocupações e cabelos brancos.
Determinadas mudanças na nossa vida não precisam de hora certa para acontecer.
Elas precisam acontecer para que a hora certa se faça!
Não vai ser fácil, mas vai ser lindo!
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Homem-aranha
Acordou no meio da noite com os
gritos vindos do apartamento ao lado.
Respirou fundo, enfiou a cabeça
sob o travesseiro, apertou-o contra seus ouvidos e pensou indignada, Que merda,
só eu que não trepo neste prédio.
No dia seguinte, quase se sentiu
culpada por ter tapado os ouvidos.
Soube, pelo porteiro, que a vizinha do
trezentos e dois recebera a visita de um meliante que escalara as janelas,
bandido que ficara famoso no jornal local do meio-dia pela alcunha de “homem
aranha”. Havia saqueado alguns pertences, estuprou a jovem mulher, e partiu sem
deixar vestígios, exceto as marcas do amor não consensual a que forçara a
vizinha a se submeter.
Que coisa! Exclamou em tom não
muito convincente após a narrativa do porteiro, Onde esse mundo vai parar...
Pensou que se não tivesse
instalado as redes de proteção nas suas janelas, talvez fosse o apartamento
dela o escolhido pelo ladrão-homem-aranha, não o da vizinha.
Que merda, pensou sem remorso, só
eu que não trepo neste prédio.
Por via das dúvidas, voltou ao
elevador, entrou no apartamento, pegou a tesoura e cortou as redes de proteção
das janelas.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
O Amor segundo a Música Sertaneja
Saí do restaurante apressado pra
voltar ao escritório antes que o chefe voltasse do seu almoço certamente mais
caro e melhor do que o meu, e me pedisse o relatório atrasado desde segunda. No
trajeto, além da sensação de ter comido mais do que devia e da consciência de
que aquele pirão de feijão me acompanharia pelo resto da tarde, tanto na
sonolência que já me cutucava, quanto no aperto que me obrigaria passar uns
bons minutos terminando de ler a reportagem da Superinteressante que explicava
por que a cor vermelha não se mistura com a branca nas pastas de dente
bicolores, me acompanhava também uma incomoda couve, acompanhamento do pirão de
feijão, que se alojara entre meus dentes do fundo da boca, e parecia
determinada em não sair de lá nunca mais. Foi neste ponto que lembrei de você.
Lembrei de tudo entre nós, do
amor vivido, daquele fio de cabelo não muito comprido, mas depois de estar
grudado no nosso suor, se alojou entre meus dentes e só me dei conta quando saí
da tua casa e, no ônibus, tentava em vão tirá-lo do espaço que reservava com
esmero às cáries que me acompanham desde muito novo.
É que, você sabe, quando a gente
ama, qualquer coisa serve para relembrar.
Para minha desgraça de folhetim
mexicano, não sobrou um restinho do seu perfume num frasco qualquer sobre a
minha penteadeira. Pior, eu nem tenho penteadeira. Mas você tem, e talvez lá
haja um frasco com um restinho do seu perfume que só de chegar perto me fazia
pulsar da cintura pra baixo.
Sabe, quanto tempo não te vejo,
cada vez você distante, por quê? Eu pensei que fosse fácil, esquecer seu jeito
frágil de se dar sem receber... Como você dava... Por que a puta da saudade não
vai aí e te convence em aparecer? Talvez, se você aparecesse, fizesse valer a
merda do meu viver.
Fala pra mim, diz a verdade, o
que mudou assim tão de repente? Porra, partir até que tudo bem, mas precisava
tanta indiferença? É a sua indiferença que me mata!
Você podia ao menos ter tido a
dignidade de me mandar uma carta pedindo para que eu desaparecesse, que eu
nunca mais te procurasse e pra sempre te esquecesse.
Eu tentaria fazer tua vontade,
atender tua vontade, mesmo sabendo que tentar te esquecer seria bobagem, tempo
predido...
Só queria que você me explicasse
o que fazer com essa dor que me invade! Queria ir aí e matar você, mas o que
tem me matado é o ciúme que sinto por imaginar que já há outro aí na tua cama,
olhando para tua penteadeira com aquele frasco de perfume que abriga uma sobra
do teu perfume que me faz pulsar da cintura pra baixo.
Porra, a gente morou e cresceu na
mesma rua, caralho! Como se fôssemos o céu e a lua dividindo o mesmo céu,
cacete!
Agora fico aqui sentindo na boca
o sabor amargo do ciúme daquele cara que eu nem sei se existe, o tempo passando
e eu aqui calado, sem conseguir tirar você do pensamento, porra...
Fico sozinho pensando que deveria
ter confessado que estava apaixonado, mas imaginando que ainda receberei um
convite do seu casamento, com letras douradas num papel bonito, e que no verso,
lá no cantinho, vai estar escrito que você está casando, mas o grande amor da
sua vida sou eu.
Mas você partiu e eu fiquei. Nem
adeus eu disse. Acho que nunca aprendi a dizer adeus. Não sei se sei guardar a
minha dor. E eu tinha tanto pra dizer... Mas só o meu silêncio falou por mim.
Mas o silêncio é mudo, porra! Disse porra nenhuma, esse silêncio de merda. E
não me venha com esse papinho de que amores vem e vão, são aves de verão, já
que você me deixou, a última coisa que eu quero é que você seja então feliz,
pois por mais que a porra do inverno passe e o verão venha cheio de mulheres
bronzeadas, nada apaga essa merda de cicatriz, ferida aberta do caralho!
Se você voltasse, eu cantaria
Jhon Michael Montgomery em versão sertaneja, eu juro!
Você era meu motivo pra sorrir, o
caminho certo pra seguir, meu verdadeiro amor.
Eu juraria, por mim mesmo, por
deus, por meus pais. Cantaria de verdade, eu juro!
Agora estou aqui sozinho, no escuro,
e lá fora as luzes da cidade acesas, iluminando tua foto sobre a mesa, e ando
bebendo tanto que volta e meia te encontro nos goles que dou nas minhas várias
cervejas. Pior é que eu sei que você não liga por eu não te ligar. E agora eu
choro como sei que, se um dia você voltar, eu vou chorar. Mas você não volta, e
fico aqui conversando com minha tristeza...
Chuva no telhado, vento no
portão, e eu aqui nessa solidão. Doido pra sentir seu cheiro, doido pra sentir
seu gosto, louco pra beijar seu beijo, matar a saudade desse meu desejo...
Coração tá reclamando, tô aqui
sozinho, tô te esperando...
Queria que você chegasse com a
roupa encharcada da chuva lá de fora para eu poder mandar a saudade sair, ser
tua toalha e teu cobertor e visse cair sobre nós um temporal de amor!
Vê se não demora muito, coração
tá reclamando...
Tô aqui sozinho, tô te
esperando...
Mas você não vem e eu ando
sozinho pela rua, falo com as estrelas e com a lua, deito na porra do banco da
praça e adormeço pensando em você.
Aí eu sonho. No meu sonho, você
veio provocante, me deu um beijo doce e me abraçou, mas na hora H, no ponto
alto do nosso amor, o filho da puta do guarda me acordou.
Disse pra ele que não sou
vagabundo, que não sou delinqüente, disse que sou só um cara carente que dormiu
na praça pensando em você. Pedi para que ele fosse meu amigo, aceitei que me
prendesse, até que me batesse, mas que só não me deixasse ficar sem você. Ele riu
da minha cara e eu fiquei lá, na porra do banco da praça. Pensando em você...
Não sei dizer o que mudou, mas
nada está igual, se borboletas sempre voltam por que você não se dá conta que o
seu jardim sou eu????
Não me diga que não tem graça
amar assim, foi tudo tão bonito...
Mas, de verdade, estou com raiva
de você!
Tenho tanto para oferecer, e você
nem aí!
Sabe o que me dá vontade?
Dá vontade de fazer um leilão,
saber quem dá mais pelo meu coração.
Queria que alguém desabasse sobre
mim como um meteoro da paixão!
Mas, no meu leilão, eu preferiria
que a vencedora fosse você...
Por favor, me ajude a voltar a
viver...
Porra, te daria o céu, te daria o
mar, já é teu meu coração, que merda, era tão bom poder te amar...
Depois que te conheci fui mais
feliz, você sempre se encaixou tão perfeitamente em mim!
Agora você é só um raio de
saudade...
Se era um sonho, não precisava
ter me acordado...
Me dê mais uma chance, só mais um
chance...
Porra, assim você me mata...
Você não vai se arrepender, só
mais uma vez e eu tenho certeza que você não vai se arrepender.
Só me dê mais uma chance, pode
ser no sábado, na balada, e você vai ver...
Ai se eu te pego, você não vai se
arrepender.
Ai, ai se eu te pego...
Não iríamos pra tua casa, iríamos
direto pra minha humilde residênica!
Delícia!
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