terça-feira, 10 de abril de 2012

Me engana que eu gosto




Me engana que eu gosto.
Jura de novo essa montoeira de juras com esse bafo de cachaça e esse olhar de quem nem faz ideia do que tá dizendo.
Me engana, vai, me engana que eu gosto.
Me engana e me suplica que eu gosto dos dois.
Implora pela minha clemência, vai.
Diz que essa vai ser a última vez, que amanhã você acerta tudo e poderemos começar do zero, sem dívidas um com o outro.
Me engana que eu gosto.
Você nem faz ideia do que tá dizendo, mas eu gosto.
Suplica pelo meu sim, diga que sem ele você não vai conseguir nem mesmo dormir.
Me engana que eu gosto.
Pode ficar de joelhos, pode rastejar, pode chorar, isso me diverte.
Eu gosto, admito, mas tenho que te dizer, você não me engana mais.
Não acredito nas suas promessas, nas suas juras, nos seus joelhos no chão em nenhuma dessas ceninhas que se tornaram especialidades suas.
Dessa vez eu digo com a boca cheia de prazer: NÃO!
Ou você paga o que tá devendo, ou não bebe mais uma gota da minha cerveja!
Fiado, nunca mais!

3 comentários:

Bruna Rafaella disse...

Nossa não sei porque sempre imagino uma situação totalmente diferente do final, é isso que me atrai até você!
Adoro!!!

Beijoss

Bagual disse...

Casou e abandonou seus infiéis leitores? Seu tratante!

Bruna Rafaella disse...

Saudades dói sabia!
mancada você sumir!
Volta logo!

Estarei aqui, sempre!!!