quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Menino ou Menina?



Desde que nascemos somos coagidos por todo tipo de perguntas embebidas em cobranças e expectativas sobre o que queremos, somos, esperamos e faremos das nossas vidas. Basta aprendermos a delicada arte da comunicação que logo somos bombardeados com as inquisições sociais: “gostas mais da vovó ou do vovô?”; “gostas mais daquela vovó ou da outra vovó?”; “quem é a tia mais legal do mundo?”; “o que você quer ser quando crescer?”; “já decidiu para qual curso vai prestar vestibular?”; “tá na hora de noivar, não acham não?”; “quando vão marcar o casamento?”; “agora que já estão casados, quando vem o primeiro filhinho?”; “que lindo, estão grávidos! Mas e aí, preferem menino ou menina?”.
E é desta última pergunta que partimos.

Desde o primeiro dia após a comunicação da nossa gravidez para os queridos mais próximos, já ouvimos algumas centenas de vezes: “e aí, preferem menino ou menina?”, mas lhes garanto, tanto eu quanto Priscilla não temos a menor preferência. De verdade. O que vier será ótimo, cada gênero com suas particularidades e charme, mas ambos são muito legais e, portanto, não conseguimos desenvolver uma preferência por um ou por outro.
Durante um tempo, quando tocávamos no assunto, a Pri sempre demonstrou preferir menino, uma vez que na sua família só nascem mulheres, um menininho seria o xodó da família. Contudo, há pouco tempo nasceu o lindo Eduardo, filho do PC e da Thaís, primos da Pri e agora meus por direitos civis adquiridos. Mas mesmo antes dele nascer, antes de começarmos nossas primeiras investidas fecundativas, esta preferência já começou a se dissolver, pois ela adora brincar com meninas, e brincando com sua irmã e respectivas amiguinhas ou com minha sobrinha Sofia, ela se deu conta que, fosse menino ou menina, seria delicioso na mesma proporção.

Eu, idem. Durante algum tempo quis ter menina. Depois, brincando com meu sobrinho Thiago – futuro craque do Figueira, importante que se diga –, passando uma tarde inteira jogando videogame com ele, vendo as reações, ouvindo as risadas, imaginando aquela cena com um filho meu,  vi também como é legal um menino, difícil definir uma preferência. Há os que dizem: “ah, todo cara quer um filho homem para levar ao estádio, comprar a camisa do seu time, essas coisas.”; mas quem disse que não posso fazer isso com uma menina também? Qual o problema de ver uma magrelinha com cabelo de cachopa trajando um belo vestidinho do Figueira? Enfim, impossível  estabelecer uma preferência, vamos nos apaixonar ainda mais no momento em que confirmarmos o sexo, disso temos certeza, mas não é ele que vai determinar se gostaremos mais ou menos do filhote que vamos ter.
Contudo, entretanto, porém e todavia, preciso revelar meu segredo: tenho um dom! Sou mais rápido e eficaz do que qualquer aparelho de ultrassom. Em nove tentativas, acertei nove vezes o sexo do bebê de casais amigos logo nas primeiras semanas de gravidez. Na maior parte dos casos confirmo a expectativa dos pais, mas não é sempre o que acontece. Meu grande amigo e compadre Alex Bagual achava que teria um menino, mas avisei-o antes do ultrassom que seria menina. Hoje está linda, a Rebecca! Meu querido irmão, mundialmente conhecido por Cherinho, acreditava que o primogênito seria menina, mas eu avisei, é menino. Hoje o Pedro está lá, lindo, brincalhão e a paixão do papai babão.

Meu processo é simples, só preciso colocar minha mão esquerda na barriga da futura mamãe e na hora eu digo com total garantia de sucesso ou o seu dinheiro de volta. Entretanto, mesmo antes de começarmos a tentar engravidar, já colocava meu dom em cheque, na dúvida se ele teria num filho meu a mesma eficácia que tem em filhos de terceiros. E foi meio angustiante a dúvida, pois desde que nos descobrimos grávidos, colocava minha infalível mão esquerda sobre a barriga da minha amada, e nada se revelava. Mais do que isso, dava um medo de prever determinado gênero, começar a tratar por um dos nomes escolhidos e, se ao fazermos o ultrassom o sexo se confirmasse o contrário, de repente provocar alguma espécie de trauma pré-natal no nosso bebê-larvinha.
Mas, embora ainda meio receoso com a ideia do trauma pré-natal, ontem eu tive certeza: É UMA MENINA!

A mamãe não gosta de ficar idealizando, prefere esperar o exame para depois começar a pensar em vestidinhos ou calças curtas, mas o papai já sabe, serão vestidinhos as roupas que compraremos em breve.
Noite passada sonhei que eram gêmeos e meninos, mas reafirmo, é uma menina!

O exame para descobrirmos o sexo será feito em dezembro, mas ele servirá apenas para confirmar a assertividade da minha infalível mão esquerda e, tão logo isto aconteça, vocês serão oficialmente informados aqui neste modesto espaço.
Contudo, por via das dúvidas combinemos o seguinte, caso meus temores iniciais de meu dom não funcionar comigo mesmo, estejam cientes de que este post será imediatamente deletado, evitando assim uma prova documental do fim dos 100% de aproveitamento da minha mão esquerda, e, principalmente, não subsidiando materialmente o eventual trauma pré-natal do nosso bebê-larvinha.

Combinado?

 (Em tempo, agora a mamãe do meu filhote também virou blogueira, criou um espaço onde escreve cartas para o nosso bebê ler no futuro, deem uma passada lá e prestigiem a mãe mais linda do mundo: www.diariodamamaepri.blogspot.com )

 


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