terça-feira, 30 de outubro de 2012

O nome da menina

Embora eu e Priscilla estejamos casados há pouco tempo e grávidos a apenas dois meses, o nome da menina está decidido faz tempo!

O nome foi escolhido, para ser exato, em 1993. Priscilla tinha 5, 6 anos, ainda morava em Porto Alegre e provavelmente nem fazia ideia de como é que os bebês nasciam. Eu, então com 14 anos e morando em Nossa Senhora do Desterro, daria risada se me dissessem que um dia casaria com uma mulher oito anos mais nova.
Mas, ainda que Florianópolis estivesse muito mais “Longe demais das capitais” do que Porto Alegre, coincidentemente foi de lá, onde estava Priscilla, que veio o nome da filha que agora iremos ter.

Como já disse no texto “Trilha Sonora”, tive minha época de fã fervoroso dos Engenheiros do Hawaii. Eu fã do trio gaúcho, meu irmão fã do Raul Seixas, dizíamos na época que, tivéssemos filho homem, o dele se chamaria Raul, o meu Humberto. Ainda bem que não engravidei ninguém naquela época. O filho do meu irmão não se chama Raul, mas há uma subjetividade envolvida, ele se chama Pedro. Sacou? Não? Busque a resposta no disco “A Panela do Diabo”, de Raulzito e Marecelza.
Enfim, tinha decidido o nome do filho, “Humberto”, mas não poderia chamar uma eventual menina de “Humberta”. Mas, como bom fã, tinha que encontrar uma maneira de prestar minha homenagem ao trio gaúcho, logo, decidi então que o nome da minha filha seria “Ana”, menção direta a música “Refrão de Bolero” (Lembra? “Ana, teus lábios são labirintos Ana...”). Mas eis que em 1992, Humberto se tornou pai e trouxe ao mundo a Clara. Logo, adaptei o nome da filha que teria para: “Ana Clara”.

O tempo passou, algumas namoradas vieram, umas aceitavam minhas sugestões, outras tinham preferências diferentes, outras não me levavam a sério (estas estavam certas), mas o tempo passou, e nem por isso deixei de achar os nomes bonitos.
Hoje já não me considero mais um fã dos Engenheiros do Hawaii. Na verdade deixei de ser pouco tempo depois da história contada acima, em 1994, quando o trio deixou de existir, para mim não fazia mais sentido as milhares de formações que se sucederam ao trio clássico, me desinteressei pelo som de Humberto Gessinger e seus asseclas.

Contudo, entretanto, porém e todavia, continuei achando ambos os nomes muito bonitos, independente da relação que tiveram com o David adolescente de 93, através da banda que estampava praticamente todas as camisetas do guarda-roupa do menino magrelo de cabelos amarelos e, do nome que havia imaginado quando pirralho, excluímos o Ana e, assim sendo, nossa filha chamar-se-á: CLARA!
Sim, eu sei, indo de encontro com o que disse no texto de ontem, tadinha, será vítima de uma série de apelidos: “E aí, a tua irmã não vem? Que irmã? A Gema!”; “E aí Clara, cadê a escura?”, mas achamos o nome lindo, e assim como Vinícius remete a bossa-nova, Clara também esteve lá na bossa nova, cantando para o mar serenar. Nossa Clarinha, nossa pequena sereia vem pisar na areia do nosso mar para serenar nossas vidas!



2 comentários:

Bruna Rafaella disse...

Que nome lindo!
E essa mania de pensar nos apelidos que ela (e) terá na infância, esses traumas é fogo!
Boa a escolha de vocês, Vinícius e Clara, se fossem gêmeos seria lindo também né?
Adorei!

Kah Andrade disse...

Olha, sinceramente?! Duvido que ela tenha apelidos, Clara é um nome moderno, além do mais, caso seja necessário, é só explicar pra ela a palavra Bullying! rsrs
Beijos