quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Falta um dia! Leituras para fazer o tempo passar.

Faltando um dia para o ultrassom revelador, precisamos dar um jeito de fazer o tempo passar.

Ontem a noite fomos ao shopping dar uma olhada nuns móveis pra cozinha da casa nova, e quando nos dirigíamos ao guichê que valida o ticket do estacionamento, uma livraria cruzou nosso caminho.
Descobrimos nossa gravidez no dia 03 de outubro, e meu aniversário foi (é) dia 10 do mesmo mês. Como fiz uma pequena confraternização em família, tinha certeza que ganharia de presente uma penca de livros sobre paternidade, educação, pais de primeira viagem e afins. Ledo engano, ganhei muita coisa legal, duas garrafas de vinho, um box com a terceira temporada dos Simpsons, uma camisa, enfim, muita coisa, mas nenhum livro sobre aquele momento novo que passamos a viver. Ontem resolvi corrigir esta injustiça.

Entramos na livraria e perguntei para a menina onde ficava a sessão de livros para pais novos. Esse é um momento interessante, pois sempre que entramos numa loja com artigos para bebês e perguntamos sobre algum produto, as pessoas perguntam se é para presente, quando dizemos que é para nós, as pessoas ficam – ou aparentam ficar – felizes, sorriem, é sempre um momento legal!
A menina indicou a sessão e lá fomos nós. Não havia muitos títulos, alguns totalmente voltados para o besteirol, como se os pais fossem débeis-mentais que passariam a cuidar de alienígenas, mas conseguimos garimpar alguns títulos aparentemente interessantes. Compramos um para ela, um para mim e um para nós.

O primeiro deles é um de Edgar Morin, escolha da mamãe: “Os sete saberes necessários à educação do futuro”. Um livro científico que segue a linha da teoria sistêmica, para manter a mamãe próxima à faculdade de Psicologia que ela teve que interromper temporariamente em função do crítico período de enjoos.


O segundo compramos para nós dois, chama-se: “Histórias para virar gente grande” de Sophie Carquain. Este livro parece muito legal, fala sobre como lidar com as várias dúvidas da criança que surgirão em diferentes momentos do seu desenvolvimento. Trata, por exemplo, de uma dúvida que toda criança tem, que adultos deveriam ter, mas, por terem perdido a pureza ingênua das crianças, morrem de medo de cogitar: deus existe? Não, o livro não prega a existência ou não de deus, não é um livro que trata de religião, mas de dúvidas, e das possíveis maneiras com que as crianças abordarão seus pais, e de que modo poderemos interagir com elas para que construam acerca de todas as descobertas que estarão vivendo de uma maneira crítica e reflexiva.
 
O terceiro, comprei para mim, chama-se: “O guia do papai”, de Colin Cooper. E este livro foi adquirido de uma maneira engraçada, pois quando peguei o livro todo empolgado, a Pri falou: “esse livro deve ser bobo, tu não precisas de um guia”. Sim, eu preciso! Importante salientar que nós, homens, também estamos num momento de transformação e descoberta, também ficamos mais emotivos e sensíveis, nossas tetas não crescem, mas nossa audição – pelo menos a minha – fica absurdamente mais aguçada, de certo já se preparando para os chorinhos da madrugada. Mas nossa maneira é totalmente diferente de lidar e interagir do que a das mulheres, pois existe uma sabedoria intuitiva nas mulheres que as orientam para o jeito certo de fazer as coisas. As transformações físicas são a prova cabal de que as mulheres são feitas para esse momento, de um modo ou de outro elas já nascem sabendo ser mães.

Nós, não. Muitas das coisas que estão ali naquele “Guia do papai”, são óbvias para as mulheres, mas acreditem, para nós homens são revelações fantásticas!
 
Embora o livro comece com uma frase estúpida: “As mamães de primeira viagem tendem a considerar inútil a presença do pai.”, depois disso ele melhora. A não ser que você tenha engravidado do Adriano e para ter um pouco de atenção dele precise correr de baile funk em baile funk, não creio que a presença do pai será inútil. Claro que a utilidade da nossa presença se dará basicamente pela maneira com que nos fizermos presentes e úteis. As mães são biologicamente programadas para a maternidade, o que não significa que não precisarão de todo o apoio, suporte e parceria possível para que o processo se torne uma experiência linda e inesquecível, ao invés de um padecimento do paraíso.

Passada a primeira frase, o livro traz uma série de observações e dicas preciosíssimas, como um passo-a-passo com fotos ensinando como o pai deve limpar cada parte do corpinho do bebê. O livro mostra a diferença entre limpar um menino ou uma menina, tudo ilustrado!
O que mais gostei no livro é que, a despeito da primeira frase, o restante dele segue uma linha que nos foi mostrada pelos queridíssimos amigos Ana Carina e Jean Mafra, pais da linda Ana Beatriz, que aponta uma maneira mais próxima e carinhosa de apresentar o mundo ao filho e o filho ao mundo. Assuntos que tratarei individualmente ao longo dos 6 meses que faltam para chegada do nosso bebê, mas que tratam desde a maneira como devemos observar o choro do bebê, como o pai deve participar da amamentação preparando o ambiente para que a mamãe e o bebê se sintam o mais confortáveis possível, se é melhor o bebê dormir no berço ou na cama com os pais, enfim, uma série de reflexões que colocam em questionamento vários dogmas da educação e recepção de um novo serzinho na família. Não compramos o livro por isso, mas coincidentemente ele casa com o que estamos concluindo ser a maneira ideal para recebermos o nosso bebê. E, claro, dicas maravilhosas para o pai de primeira viagem aqui!

Tão logo termine de ler os livros, farei um post a respeito de cada um deles.
Enrolei, enrolei, enrolei para ver se o tempo passa mais rápido.

Quanto mais perto estamos, mais lento parece que o tempo passa.
Um dia, amigos, falta apenas um dia para que saibamos o sexo do nosso bebê!

Hoje eu não durmo!

Um comentário:

mundo da lu disse...

vc vai ser pai??!! eu saio e vc faz um filhote??!! parabéns!!! agora começa o jogo dos capeões meu caro... delícia!